terça-feira, 14 de agosto de 2012

Proibida de Esquecer: Capítulo 5



O grande dia havia chegado! A lista de aprovados saiu há uma semana e eu consegui passar. Fiquei tão feliz que nem consigo explicar. Tudo bem que passei quase naquelas, mas o importante é que passei. Estava terminando de arrumar minha segunda mala quando minha mãe chegou ao quarto:
— Você realmente vai? — ela me encarava e pude ver algumas lágrimas escaparem de seus olhos. Uma mulher tão dura quanto ela estava chorando, é até inacreditável.
— Sim, vou! Mãe é melhor para nós duas. Vou cuidar do meu futuro. — a olhei e sorri, tentando tranquiliza-la. Eu estava sentindo um pouco de remorso por ir, não seu ao certo o porquê, mas a raiva que eu tinha da minha mãe estava passando.
Ela apenas concordou com a cabeça e saiu do quarto. Terminei de arrumar minhas malas e fui me despedir. Bati algumas vezes no quarto da mamãe, mas nada dela atender, eu sabia que ela estava lá pois a ouvia chorando. Depois de várias tentativas segui para a estação onde iria pegar o trem para Bayside Academy.
Procurei minha passagem já comprada anteriormente e ela estava bem amassada no bolso da minha calça. Me sentei em uma poltrona que ficava próxima a plataforma de embarque e tentei desamassa-la de todas as maneiras, mas nada daquela maldita passagem voltar ao normal. Um garoto de jaqueta vermelha, óculos escuros e que carregava uma mala grande preta de couro parou em minha frente, o que me fez distrair por algum momento.
— Droga, alguém me ajuda? — gritei indo atrás da minha passagem que agora voava pela plataforma de embarque.
— Hum, Manhattan? — o tal garoto da jaqueta falou entregando minha passagem fugitiva.
— Sim, Manhattan. — sorri. — Exatamente Bayside Academy. — eu estava dando informações demais para um estranho. Um estranho muito gato, diga-se de passagem.
— Somo dois. — ele deu de ombros.
Eu apenas sorri e voltei ao meu banco. Sou um tanto quanto antissocial, eu sei.
Ouvia o barulho do trem se aproximar, me levantei e segui para uma pequena fila que já se formava a minha frente.
Respirei fundo e entrei no trem, com o pé direito pois tinha uma forte superstição que começando as coisas com o pé direito tudo ficaria bem melhor.
A viagem seria longa. Coloquei minhas malas no porta bagageiros e me sentei próxima a janela. Logo um senhor de aproximadamente 50 anos passou recolhendo as passagens. A entreguei e me virei para encostar a cabeça no vidro e tentar admirar a paisagem de lá fora. O sol já estava se pondo e do nada me veio uma angustia enorme. Me lembrei que não havia me despedido de ninguém, nem do Joseph. Tudo bem que ele me causou muito mal, mas o passamos juntos não é algo para se jogar no lixo. Peguei meu celular e mandei uma sms:
“ Estou indo para Bayside. Qualquer coisa você tem meu celular. Beijos, Demi!”
Confesso que não sabia como encerrar a mensagem. Se escrevia abraços, adeus, até logo. Acabei optando pelo “beijos” por sempre mandar isso em todas mensagens para ele.
Voltei a olhar para fora e acabei adormecendo.
— Droga! — murmurei abrindo os olhos lentamente ao sentir algo batendo em minha cabeça.
— Tem alguém sentado aqui? — um garoto de olhos castanho claro e cabelos negros que contrastavam com sua pele branca perguntou me encarando.
— Não, não tem. — dei de ombros e me virei para a janela tentando voltar ao meu sonho.
— Bayside Academy? Novata, não é? — o tal garoto falou olhando para o manual do colégio que estava em meu colo.
— Sim, novata! E você também é? — me virei novamente para dessa vez poder encara-lo.
Aquele garoto imbecil deu uma risada irônica e me olhou erguendo sua sobrancelha direita.
— Não, não sou novato. Estudo na Bayside há 4 anos e sou conhecido por todos. Prazer Liam Hemsworth. Guarde esse nome, pois ainda vai ouvi-lo muito. — ele piscou de um modo sensual que me fez paralisar por um momento e me esquecer totalmente do seu jeito egocêntrico.
— Prazer Demetria. — sorri e passei a mexer em meu cabelo compulsivamente. Eu tinha essa mania estranha de enrolar algumas mechas do meu cabelo em meus dedos quando ficava nervosa. E aquele garoto realmente me deixava nervosa. Não é todo dia que um garoto bonito te dá atenção.
Voltei a ler algumas regras do manual para disfarçar minha vergonha. Liam fez o mesmo, porém abriu um livro do qual não consegui ver o título.
— Alunas da Bayside são proibidas de se insinuarem de maneira sensual para os garotos. É isso mesmo? — olhei para Liam por cima do manual que estava na altura do meu rosto.
— Sim, é! As pessoas daquele colégio são loucas. Tem até uma comissão de boas maneiras composta por algumas alunas certinhas e sem graça que ajudaram a criar esse manual imbecil. Mas ninguém respeita, pode ficar tranquila. Você poderá usar essas suas blusas decotadas sem problemas. — ele deu um sorriso malicioso fazendo minhas bochechas corarem.
Pude perceber que Liam olhava de maneira nada discreta meus seios que estavam um tanto quanto à mostra em minha regata vermelha. Encolhi-me um pouco, peguei meu moletom preto que estava ao meu lado e o vesti rapidamente. Coloquei meu fone de ouvido, peguei um travesseiro que estava no bagageiro e inclinei minha poltrona tentando tirar uma soneca antes de chegar ao colégio. Achei melhor ignorar aquele completo idiota. Eu teria que aguentar sua presença por mais uma hora aproximadamente e se eu der muita liberdade acredito que já vou ter minha primeira briga com um aluno da Bayside, pois não tenho paciência com garotos engraçadinhos que acham que só por serem bonitos, charmosos e cheirosos podem sair seduzindo todas as garotas.
Como Liam não insistiu mais depois que o ignorei, tentei dormir, mas acabei desistindo. A ansiedade me consumia cada vez mais. Minhas mãos suavam frio e meu estomago parecia estar embrulhando. Não sabia o que esperar do novo colégio, que na verdade seria minha nova casa. O barulho do trem que andava a menos de um quilometro por hora ajudava para que minha ansiedade aumentasse e minha irritabilidade também. Levantei-me para dar uma volta ou senão morreria de tédio completo, mas o anuncio do maquinista me fez sentar novamente. “ Próxima parada Colégio Bayside”. Meu coração acelerou por completo. O barulho do freio ficou evidente e logo já pude avistar o rio Hudson. Bem vinda a nova vida Demetria.
Genteeeeeeeeeeeee, me desculpa mesmo a demora. Eu tava passando a semana na casa da minha sis, e bom ela tá sem pc . Voltei pra casa domingo e escrevi esse capitulo nas pressas hoje antes de ir pra academia, ja tava super atrasada, acabei de chegar e bom.. to morta! Espero que gostem, o próximos será um capitulo BIG. bjooo! ):

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Proibida de Esquecer: Capítulo 4



— Fui fazer uma prova para a Bayside Academy. Se tudo der certo daqui a uma semana eu vou para lá e você terá a casa toda para suas festinhas particulares. — sorri ironicamente e sai de perto da mamãe. O jeito dela, a voz dela, tudo estava me irritando naquela mulher ultimamente.
Cheguei ao meu quarto e fui encarar meu computador totalmente lento com sua internet discada. Sim, a minha mãe acha que ainda é vantajoso usar internet discada. Para ela é vantajoso, porque para mim são horas perdidas em pesquisas que demorariam 5 minutos em qualquer casa de pessoas normais com computadores normais. A ansiedade para verificar o gabarito da prova era grande, então lá fui eu.
Entrei em meu cadastro online da Bayside Academy e senti meu coração palpitar. Peguei o caderno de questões que estava bem amassado dentro da minha mochila e rezei para que pelo menos a metade da prova estivesse certa. Isso não me colocaria dentro daquele colégio de pessoas totalmente inteligentes, mas pelo menos me faria sentir menos burra por ter acertado grande parte das questões.

“Demetria você não é uma completa palerma, você consegue, você consegue!” Eu ainda sussurrava tentando criar coragem para iniciar a minha correção da prova. Peguei uma caneta e passei a verificar cada questão na tela do computador cuidadosamente. Acertei grande parte. Para ser exata 79 questões de 100. Nada mal para uma garota que estuda no colégio mais barra pesada no bairro, quem sabe da cidade, do mundo. O colégio que só de você entrar dá arrepios. As paredes não são pichadas porque pelo menos com isso a diretoria se preocupa, mas para qualquer lugar que você vá irá encontrar grades, garotos que cheiram a maconha de longe, mas negam ter usado até o fim e meninas que falam alto demais com suas vozes irritantes, usam salto e mini-saia como se fossem “as melhores” mas não conseguem soletrar nem o próprio nome e por fim banheiros que misteriosamente fazem aparecer camisinhas usadas jogadas no chão. As únicas pessoas um pouco mais dignas dali são as animadoras de torcida que por mais que pareçam prostitutas devem ir bem em todas as matérias para participar do grupo e os jogadores de futebol, pelo mesmo motivo das animadoras não são totalmente idiotas porquê devem estudar. Talvez por isso que eu me apaixonei por Joseph, ele não era um completo idiota, dava bons conselhos e ia razoavelmente bem em matemática e física, matérias que para mim quem é bom merece meu respeito, já que eu até hoje não sei ainda nem a tabuada no 9 decorada. Sei que isso é vergonhoso.

— Podemos conversar? — minha mãe usada da sua voz mais serena quando entrou no meu quarto.
— Sim! — dei de ombros. — O que você quer?
— Filha, eu não gosto nada do que essa casa tem se tornado. Do jeito que você age comigo. Eu entendo que você desde criança carrega a magoa de eu ter destruído nossa família. Sei que não é nada agradável saber que tem uma mãe prostituta, mas essa foi a única maneira de eu conseguir sustentar essa casa. Pelo menos com esse emprego eu ganho bem, coloco comida em casa e nunca te deixei passar fome. Não é nada agradável trazer homens para cá sabendo que você está no quarto ao lado, mas muitas vezes é a única alternativa. Eu tenho tentado encontrar um emprego melhor e espero conseguir logo. Espero também que um dia você me perdoe por tudo de mal que fiz a você e seu pai. Eu te amo muito meu anjinho. — minha mãe encerrou com lágrimas nos olhos. Pude sentir algumas gotas caírem em meu rosto quando ela deu um beijo em minha testa, algo que ela não fazia há muito tempo.
— Tanto faz. — Falei dura, já que eu não conseguia perdoar a mamãe. Trata-la bem novamente era algo difícil para mim. Eu tinha um grande problema em perdoar as pessoas.
Minha mãe saiu do quarto cabisbaixa. Minha vontade era de ir lá e abraça-la forte, mas eu ainda não me sentia preparada para isso. Algo me impedia, algo me bloqueava totalmente.
Depois de algum tempo eu já estava nas férias do meio de ano e tinha nada para fazer. Fui até a janela olhar os garotos da rua jogarem. Nunca tive muito contato com eles antes. De vez em quando eu chutava a bola para eles quando estava chegando em casa, ou a devolvia quando acidentalmente ela caia no meu quintal. Percebi que Lucas, um garoto alto de olhos castanhos que davam um belo contrastante com seu cabelo loiro, me encarava.
— O que foi? — eu mexia os lábios, mas não fazia som algum.
Lucas fez um sinal como quem me chamasse para descer e assim fiz.
— Fala o que aconteceu? — eu falava sem ao menos entender o porquê de eu ter descido, no mínimo é alguma coisa idiota.
— O Mark, esse idiota quer beijar uma garota da escola dele, mas nunca beijou alguém. Você topa beijá-lo só para ele treinar? — Lucas me olhava e perguntava como se aquilo fosse algo normal.
— Garoto, só uma coisa, eu não vou beijar seu amiguinho. Vê se cresce, por favor! — falei já virando as costas.
— Eu te pago! Quanto você quer? — Agora era Mark que falava.
— Seus imbecis, será que está difícil de entender que eu não vou beijar ninguém? Que inferno! — eu continuava andando até que algumas palavras de Luke, o terceiro garoto que estava ali me deixaram totalmente irritada.
— Você deve fazer igual sua mãe. Se vende por algumas moedas. — aquelas palavras fizeram meu sangue ferver. Pude sentir minhas bochechas arderem. Fechei minhas mãos, as apertando fortemente.
— Não fala da minha mãe seu imbecil! — eu pisava fortemente no chão. Praticamente voei no pescoço do Luke, dei alguns tapas em seu rosto até sentir alguém me puxar para longe dele.
— Deixa ele comigo. — era Joseph, logo Joseph que apareceu do nada.

Afastei-me, pois ele me puxou forte e quando dei por mim Joseph já estava batendo forte em Luke. Os outros dois garotos haviam desaparecido, provavelmente estavam com

medo de apanharem e correram para a casa da mamãezinha.
— Chega Joseph, você vai matar o garoto! — eu gritava desesperada.
— É cara, chega! — Luke falava muito baixo, quase sem forças.
— Mexe mais uma vez com ela que eu te mato garoto. Não tenho medo de fazer isso. — Joseph falou jogando Luke no chão e indo até mim.
— Você está bem? — Joseph me abraçou, dando um beijo em minha testa.
— Sim, estou! Obrigada, eu acho. — o olhei sem jeito.
— Quando precisar estarei por perto. — Joseph deu um sorriso de canto encantador.
— O que você veio fazer aqui? Acho que me salvar que não foi. — dei um riso contido.
— Na verdade não. Podemos entrar? — Joseph perguntou olhando para meu portão.
Ele começou a falar um monte de coisa sem importância. Aquele blábláblá de sempre. Que me amava, que não vivia sem mim e que era um completo idiota por me fazer sofrer. Que ele era idiota não era novidade.
— Terminou? Se era para isso perdeu seu tempo. Tchau, pode ir embora! — me levantei e abri a porta de casa para que ele saísse.
Joseph saiu de cabeça baixa. Pela primeira vez o vi derrotado, triste. Bom, pelo menos parecia triste. Mas vou continuar minha promessa de dar um tempo no amor. Não quero sofrer novamente. Meu coração é fraco para perdoar as pessoas, principalmente Joseph. Mas já passei por tanta coisa ruim com ele que acho melhor não fraquejar novamente. Já perdi o número de chances que o dei e ele não aproveitou nenhuma. Na primeira semana era o namorado mais fofo do mundo e na outra já estava na cama com uma vadia qualquer.
— O que você quer Joseph, diz logo. — falei impaciente me sentando no sofá de casa.
Hey doçurasss, desculpa a demorinha pra postar essa semana tá bem agitada com as coisas da escola, gincana, desfile e etc.. Oo. E bem vinda as novas leitoras espero que gostem da história *-*. Ah, e vi que algumas leitoras tem um blog também, andei lendo adorei demais, vocês são demais!! Enfim espero que gostem, bjoo gatinhas!!

sábado, 4 de agosto de 2012

Proibida de Esquecer: Capitulo 3



Ao abrir o portão de casa já senti um pouco de alívio. Era tão gostoso sentir o vento bater nos meus cabelos. Um vento de fim de tarde, junto com um sol dignamente ótimo de sentir, que estava queimando levemente minha pele branca e sem graça. Andei sem rumo por algumas quadras próximas da minha casa até rever uma pracinha que não ia há muito tempo. Sentei em um banco próximo ao balanço onde algumas crianças se amontoavam para decidir de quem era a próxima vez de brincar.
Estava distraída olhando as crianças brincarem, com um pouco de inveja, admito. Aquela era a época mais feliz de qualquer pessoa. A maior preocupação da maioria é se divertir, brincar e só. Se pudesse voltava no tempo e congelava, talvez assim o “feliz para sempre” desse certo e ninguém precisaria sofrer.
— Moça, me ajuda por favor? — um garoto de aproximadamente 15 anos falou, me entregando um jornal e me acordando daquela volta no tempo.
— Não tenho dinheiro, desculpa! — o encarei totalmente sem graça. E realmente não tinha. O máximo que carregava em meu bolso era uns dois reais para alguma “super” emergência e alguns papéis de bala.
— Não, é de graça. Esse é meu trabalho. — ele sorriu, ainda com a mão estendida com aquele jornal amarelo que chamava muita atenção.
Peguei aquele jornalzinho que parecia ser apenas de propagandas. Estilo aqueles jornais de bairro que sempre vem com aquelas piadas sem graça nas últimas páginas. Comecei a folheá-lo sem prestar muita atenção até me deparar com umas letras em tamanho grande e em negrito que anunciavam um internato gratuito muito conhecido por ser um dos melhores colégios da cidade. Tentei me informar mais sobre, li o artigo e segundo ele os interessados deveriam se inscrever pela internet até o dia 23 de junho, que era daqui a uma semana. Haverá um processo seletivo com provas em julho. Resolvi me inscrever, não perderia nada e se por acaso eu passasse pelo menos me livraria da minha casa e da minha mãe Fui para uma lan house ali perto para me inscrever, já que meu computador era mais lento que uma tartaruga.
“Inscrição realizada com sucesso” era o que dizia a tela final daqueles questionários intermináveis. Paguei a lan house com meu dinheiro para emergências e voltei para casa.
Abri a porta de casa e me veio um desanimo muito grande. Aquela bagunça que minha casa era me deixava totalmente chateada. Olhei em volta e encontrei caixas de pizzas em cima da mesa, a sala muito bagunçada, com as capas de sofá caídas deixando bem a mostra os rasgos que haviam no estofado, móveis cheios de pó e nada a comentar sobre a cozinha. Achei melhor arrumar tudo, aquele cheiro de mofo e pó já estava me causando enjoo e nojo.
Coloquei uma roupa confortável, liguei o som e coloquei meus fones verde limão ao som do BEP. Comecei a recolher tudo que era lixo espalhado pela casa e acreditem, era muito. Limpei, tirei pó, passei pano e a casa estava pelo mais apresentável e bem cheirosa. A hora passou muito rápida e no fim eu estava exausta e com fome. Olhei na minha carteira e tinha um pouco de dinheiro que meu pai me mandou neste mês, — ele é um pai ausente, mas pelo menos contribui com dinheiro — e então pedi uma pizza, já que eu não sabia cozinhar nem um ovo.
A pizza chegou e aquele cheiro de queijo que escapava da caixa já me chamava. Comi alguns pedaços, tomei meio litro de refrigerante e fui assistir televisão me sentindo a maior baleia do mundo. Me distraí com um seriado que estava passando e acabei caindo no sono.
Um mês depois.
O último mês foi dedicado aos estudos para passar na prova da Bayside Academy. Eu realmente estou ansiosa para o exame que é hoje. Parece que a qualquer momento vai dar um completo branco na minha mente. Eu me preparei muito, dediquei dias de semana, fins de semana e feriados estudando e se eu passar vai ser por mérito. E realmente espero passar.
— Garotas boa prova! E leiam as regras no caderno de questões. Se as mesmas forem descumpridas sua desclassificação no exame será imediata. — uma senhora loira de aproximadamente 50 anos falava assim que acabara de entregar os cadernos de questões para nós, as Demetrias. Sim, na minha sala só haviam Demetrias. Pelo que parece a divisão por salas foi feita por nome.
Dei uma lida rápida nas regras e o resumo era: não cole! Uh, grande novidade!
Comecei a fazer a prova sentindo como se meu estômago tivesse borboletas. E essa não era uma sensação muito boa.
Eram textos e mais textos para serem lidos. A prova era realmente exaustiva. Assim que saí da sala vi tudo piscar em minha frente, estava com uma tontura imensa. Uma senhora simpática vendia cachorro quente em frente ao local da prova, que não era o mesmo que a minha futura — assim espero — escola, então me contentei com aqui mesmo ou senão desmaiaria.
Depois de derramar ketchup na minha t-shirt amarela, derrubar a batata palha no chão acidentalmente e demorar um bom tempo para decidir que lado morderia primeiro aquele cachorro quente gigante eu finalmente terminei.
Peguei um ônibus para minha casa e acabei adormecendo. Por sorte o ponto que eu descia havia uma lombada e o balanço que fez o ônibus ao passar por ela me fez despertar.
Corri para a porta já dando sinal. Meu coração estava acelerado não sei porquê, talvez fosse por ter acordado no susto.
Cheguei em casa e minha mãe estava deitada no sofá assistindo a um programa qualquer com uma cerveja na mão.
— Demorou mocinha! Onde foi? — minha mãe pela primeira vez em sua vida estava se preocupando com onde eu tinha ido ou feito.
Heeeeeeey docinhos *-*, obrigada pelos comentários tá? tô adorando todos. E pelas meninas que vieram falar comigo no twitter sobre uma possivel repostagem/continuação da Laços Eternos vou pensar tá gatinhas!!! Primeiro vou terminar a Proibida de Esquecer, mas é bem provavel que eu faça uma continuação *-*. Bjoo, e espero que gostem do capítulo. s2

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Proibida de Esquecer: Capítulo 2



— Claro que não, você ainda deve algo para mim. Não posso dizer que terminei com você sem antes fazermos uma coisa. — sua voz estava estranha e eu podia sentir o cheiro de álcool de longe.
— O que você quer seu imbecil? — me virei tentando encara-lo, enquanto gritava para que ele pudesse me ouvir em meio aquela música alta.
— Nada que você não tenha feito antes. — Joseph começou a apertar meus seios por cima do vestido.
— Me larga! Eu não quero qualquer coisa que venha de você. — eu estava realmente tonta, enquanto tentava me livrar de Joseph meu corpo fraquejava, qualquer força que eu fizesse era praticamente nula.
Suas mãos passavam por cada parte do meu corpo, Joseph dava leves mordidas em meu pescoço enquanto massageava meus seios que já estavam nus. Meu vestido estava caído até a cintura, por ser tomara que caia Joseph não teve dificuldades em abaixa-lo. É estranho pensar que no meio de uma festa alguém faz isso, mas aquela escuridão era bem propicia para que tudo rolasse, até porque mesmo escuro ainda era possível ver casais transando pelos cantos da casa.
— Joseph, para, por favor. — minha voz estava trêmula, eu não sabia como agir.
— Tem certeza que quer que eu pare? — Joseph sussurrou em meu ouvido enquanto levantava meu vestido e passava levemente suas mãos por cima da minha calcinha.
— Não... — eu sabia que deveria ter insistido para que ele parasse, mas de um jeito ou de outro Joseph ainda me dava muito tesão. Ele sabia realmente como me provocar.
— Que bom, porque hoje você ainda é minha. — Ele me encarou com um sorriso vitorioso e apertou forte minha bunda, o que me fez dar um baixo gemido.
As provocações só estavam começando.  Joseph  me levou para um quarto que estava vazio no segundo andar da casa. O quarto tinha uma cama de casal enorme e era muito bem decorado, o que me deixou menos constrangida do que a sala, já que eu apesar de bêbada estava me sentindo mal por me expor na frente de todos.  Joseph  me jogou na cama e terminou de tirar meu vestido rapidamente. Ele se despiu e logo eu estava totalmente entregue aquele cafajeste. Nós transamos e nada mais. Era só aquilo que ele queria, sem amor, sem carinho. Apenas sexo. Terminamos e sai ajeitando meu vestido enquanto ele ainda estava deitado na cama fumando um cigarro. Fui andando, meio que tropeçando por causa da bebida, mas finalmente consegui chegar á minha casa. Me olhei no espelho e me assustei, aquilo estava mais para um filme de terror. Meu cabelo ainda estava meio úmido e escorrido, minha maquiagem borrada fazendo com que eu ficasse com olheiras do tamanho do mundo. Tomei um banho demorado para tirar toda aquela inhaca de festa, como cheiro de cigarro e bebida e depois deitei, sem pensar em mais nada o cansaço falou mais alto e logo adormeci. Acordar foi estranho. Eu me sentia totalmente tonta, uma dor de cabeça terrível me incomodava, eu estava arrependida por ter transado com  Joseph  e minha mãe ainda gritava no quarto ao lado, provavelmente estava junto com um cara que conheceu de madrugada e se achou no direito de trazê-lo para casa, para nossa casa.
Eu não estava a fim de ficar naquele inferno, aquela situação me incomodava. Minha mãe não honrava nada ali, achava que nossa casa era um prostibulo e que podia trazer qualquer cara aqui. Desde quando meu pai resolveu nos deixar por causa dos problemas da mamãe com o álcool tudo virou de cabeça para baixo. Antes vivíamos em uma casa bonita, bem decorada no sul da cidade de Los Angeles, tínhamos dinheiro, eu estudava em uma boa escola e os problemas pareciam passar longe da porta de casa. Até minha mãe estragar tudo, trair o papai várias vezes, chegar bêbada em casa por semanas seguidas e desestruturar nossa família por inteiro. Um dia cansado das traições e problemas minha mãe foi colocada para fora de casa pelo papai. Lembro-me desse nesse dia. Em uma madrugada fria e chuvosa, ela me disse que iriamos fazer uma passeio, estranhei, mas como era uma criança de 6 anos segui minha mãe. Viemos para essa casa depois de um longo percurso de ônibus. A casa pertencia à vovó, que faleceu há algum tempo e deixou-a como herança para sua única filha. Desde então tudo tem Levantei da cama e senti minha cabeça girar. Eu realmente não devia ter exagerado na bebida ontem. Agora sei por que eu sempre evitava ir a essas festas malucas promovidas por aqueles insanos do colégio. Ao mesmo tempo em que minha tontura aumentava vinham flashes do que aconteceu entre eu e  Joseph  na festa. Eu ainda gostava dele, apesar de tudo, das traições eu o amava.
Minha vontade era de permanecer trancada no quarto a tarde inteira, mas o barulho que minha mãe fazia já estava me incomodando muito. Sai para dar uma volta pelo bairro, pegar um ar talvez fizesse bem para mim e deixasse minha cabeça menos confusa e atordoada. Era possível que a vontade de me cortar voltasse novamente em meio a diversas decepções em tão pouco tempo. Eu já passei por uma época de sentir apenas sentir alivio me cortando. A dor parecia extravasar de dentro para fora, era bom. Naquela época era bom, mas hoje acho que não vale mais a pena. Graças a  Joseph  eu sai de toda essa tortura. Ele que mais conversava comigo e me ajudava, depois da perda de Nick, que era seu melhor amigo na época e meu também, eu me sentia sozinha e foi  Joseph  quem me deu a mão. Pois é, por incrível que pareça ele não era tão imprestável assim.
Se tornado ruim e confuso.
Oie galerinha! Obrigada pelos comentários adorei todos.*-*
Bom eu sei que é SUPER, EXTREMAMENTE chato isso de comentar, então não precisam mas comentar (só comentem se quiserem claro não to empatando ninguém) rs. Só que eu sei que é SUPER chato isso de comentar então, quem leu o capítulo só marcar aqui em baixo "EU LI" tão simples não acham? HUAHA assim saberei quantas pessoas leem e tals. E bem vinda novas seguidoras *-*